Financiar projetos de investigação recorrendo à banca ou a fundos de capital de risco, nem sempre é fácil. Para obviar este obstáculo, foi lançado no FP7 o Mecanismo Financeiro de Partilha de Risco (RSFF). O RSFF, gerido pelo Banco Europeu do Investimento (BEI), destina-se a projetos avaliados positivamente no FP7, mesmo que não recebam fundos, e fornece empréstimos (mínimo de 7,5 M€) e garantias com o selo do BEI a condições atrativas nos encargos e na avaliação do risco (ponto crítico na atribuição das taxas de juro a projetos de IDT&D).
O sucesso do RSFF levou ao lançamento em 2011 de uma vertente deste instrumento para as PME e mid-caps: o Instrumento de Partilha de Risco (RSI). Gerido pelo Fundo Europeu do Investimento (FEI), o RSI fornecerá, aos intermediários do sistema financeiro, garantias aos empréstimos para projetos de pequena e média dimensão (de 25.000 € até 7,5 M€). Esta linha terá continuidade no Horizonte 2020 - Access to Risk Finance (ARF), completando o ciclo da inovação financiado pelas restantes áreas do H2020 e pelo programa para a competitividade das PME, COSME.
A escassez de liquidez no sistema financeiro torna importantes as fontes alternativas de financiamento de projectos de I&DT em áreas como a energia, engenharias e biotecnologia, entre outras. Portugal, não tendo ainda qualquer projeto apoiado pelo RSSF, enquadra-se nos objetivos do mecanismo. O RSI pode ser uma excelente oportunidade para as PME.
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Damos-lhe também notícia nesta NL do sucesso de 6 investigadores nacionais nas StG2012 do Ideias. Inspire-se!
Eduardo Maldonado
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