A participação das PME portuguesas no FP7 tem evoluído muito positivamente. Em 2012, houve um aumento muito significativo na participação. É necessário continuar esta tendência no próximo Programa-Quadro, o Horizonte 2020 (2014-2020).
Fig. 1. Participação PME PT no FP7 2007-2012, financiamento total e financiamento PME/ano
Fonte essencial de crescimento, emprego, capacidade empresarial, inovação e coesão económica e social, os cerca de 23 milhões de PME europeias representam 99 % das empresas europeias e 75 milhões de empregos em toda a Europa.
O FP7 tem incentivado fortemente a entrada das PME em projectos de ID, com especial relevância para o tema específico do Programa Capacidades, Investigação em benefício das PME, mas também nos vários temas do Cooperação, nas actividades do Programa Pessoas e nas Iniciativas Tecnológicas Conjuntas (JTI). A participação das PME portuguesas no 7ºPQ no período 2007-2012 é muito relevante, sendo de destacar: Investigação em benefício da PME (80 participações); Tecnologias de Informação e Comunicação, TIC, (54); Transportes, incluindo aeronáutica (48); Nanociências, Nanotecnologias e Materiais, NMP (35); Agricultura e biotecnologias (17); Ambiente (13); Segurança (11) e Espaço (10). As PME têm estado especialmente atentas também às oportunidades que o Programa Pessoas (Acções Marie Curie) oferece para desenvolvimento de investigação nas empresas (22 participações). Contudo, as PME nacionais colaboram com entidades do sistema científico e tecnológico nacional em apenas 19% destes projetos.
Este panorama positivo no FP7 deverá estimular uma participação ainda mais ativa das PME nacionais no próximo Programa Quadro, o Horizonte 2020, em que a aproximação da investigação ao mercado e a articulação dos vários elementos do ciclo da inovação são fundamentais. Seria também desejável uma maior colaboração entre as PMEs e os atores relevantes das universidades e dos institutos de ID nacionais, com iniciativas de contacto e propostas de colaboração a partirem de ambas as partes. Mais do que o envolvimento, a posteriori, em consórcios existentes, as PME nacionais devem procurar um papel de liderança (veja o caso de sucesso do projecto sniffer nesta newsletter) e proactivo na definição de estratégias inteligentes de crescimento económico no seu setor, em conjunto com outros atores nacionais e internacionais, as autoridades nacionais e os agentes de desenvolvimento regional. É preciso agir agora para colher frutos amanhã.
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