Tema
Future Emerging Technologies – Energia
Montante Total
2.995.895 €
Contribuição UE
1.920.471 €
Financiamento PT
489.979 € (Ommnidea) + 53.160 (EDP Inovação SA)
Data de início
1 Outubro 2010
Duração
42 meses
Coordenador
OMNIDEA LDA | (contacto: Nuno Fernandes)
Consórcio
PT | OMNIDEA LDA | EDP Inovação SA |
DK | NL | CR | NO |
O projeto HAWE, financiado pelas FET (Energia), estuda o uso do vento a altitudes muito mais elevadas do que nas turbinas de vento convencionais. Trata-se de um módulo aéreo flutuante, cilíndrico e giratório, ancorado a uma estação terrestre por um cabo, que opera num ciclo bifásico. Durante a fase de produção de energia, o efeito Magnus, gerado no módulo aéreo pelo movimento giratório imprimido por um motor elétrico, provoca a sua elevação por sustentação aerodinâmica, puxando o cabo para cima. O cabo, ancorado na estação terrestre a um guincho, que está por sua vez ligado a um alternador, permite a produção de eletricidade no solo. Quando o cabo está completamente desenrolado começa a fase de recuperação: o motor elétrico do módulo aéreo é desligado parando a rotação do mesmo, reduzindo a sustentação aerodinâmica e consequentemente a tensão no cabo. Em simultâneo, um motor elétrico instalado no guincho começa a puxar o cabo para a superfície, de modo a que o módulo aéreo volte à sua posição inicial. Apesar de consumir energia, esta fase de recolha consome bastante menos energia do que a gerada na fase de produção, dada a grande redução da força de recolha, por interrupção do efeito Magnus.
Alguns dos benefícios desta tecnologia são:
- Menor custo por MWh de energia produzida, dada a abundância do recurso a altitudes até 10x superiores à das actuais turbinas eólicas;
- Maior facilidade de instalação offshore dada a inexistência de torres e pás eólicas;
- Produção eólica dependente apenas da estação do ano e latitude de instalação (independente da orografia).
O projeto HAWE pretende avaliar a viabilidade tecnológica do sistema, nomeadamente, estudar:
- As fugas de gás e difusão no módulo aéreo;
- O desgaste provocado pelos raios UV no envelope do módulo aéreo;
- A modelação do fator de capacidade (rácio entre a produção efetiva de energia por unidade de tempo e a teórica) e à otimização do ciclo de produção;
- A resposta do sistema na base terrestre;
e demonstrar:
- A estabilidade de engenho e a sua capacidade para operação continuada sem intervenção humana;
- A capacidade de produzir energia elétrica de fonte eólica a custo competitivo.
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