Finalmente, começou o H2020! Após anos a preparar o novo programa-quadro de investigação e de inovação (sim, uma pequena diferença de nome que deixa muitas pistas quanto ao tipo de propostas que vai ser privilegiado...), eis que estão lançados os primeiros concursos. A 11 de dezembro foram publicadas várias dezenas de concursos, em todas as temáticas dos já bem conhecidos três pilares (excelência, liderança industrial e desafios societais), mas também na ciência para a sociedade e no programa de apoio ao desenvolvimento de capacidades de investigação nos países menos avançados na I&I europeia (que inclui boas oportunidades para Portugal) e no Euratom (fusão, fissão e proteção radiológica). Em março abrirá o concurso do EIT (instituto europeu de inovação e tecnologia), com as suas KICs (comunidades de inovação e conhecimento) nas temáticas do envelhecimento ativo e das matérias-primas. No total, mais de 8 mil milhões de euros de oportunidades que há que aproveitarem ao máximo.
Tradicionalmente, a taxa de sucesso num programa-quadro diminui à medida que se avança nos anos. No 7PQ, a maior taxa de sucesso foi em 2007, descendo depois marcadamente ao longo dos anos, para ter a menor taxa de sucesso de candidaturas no último ano (2013). Uma menor familiaridade com um novo programa causa sempre uma sempre retração e um menor número de candidaturas submetidas, até tudo se tornar mais bem conhecido. Portanto, esta é uma oportunidade que devemos capitalizar, submetendo muitas boas propostas logo no ano inicial. O GPPQ fez uma grande campanha de divulgação do H2020 em todas as suas vertentes e por todo o país. Várias dezenas de sessões de promoção e de esclarecimento devem ter permitido a todos os interessados conhecer antecipadamente, muito antes de 11 de dezembro de 2013, os tópicos que foram entretanto colocados a concurso e, portanto, poderão ter começado a formar consórcios europeus para as suas ideias. Esperamos assim que não haja qualquer diminuição no número de candidatura submetidas por entidades nacionais relativamente ao último ano do 7ºPQ, e que não se faça notar em Portugal o referido "receio da novidade" inerente ao início de um novo programa-quadro europeu.
Os investigadores e as empresas nacionais mostraram, em 2012 e 2013, uma enorme capacidade para participar nos programas europeus. Foram mais de 100 M€ de contratos por ano, mais de 20% acima da média dos 80 M€ anuais em todo o 7ºPQ. Há que manter este ritmo e continuar com um desempenho ainda melhor, capitalizando nas competências de cada um para melhorar a ciência e a inovação em Portugal. E, de preferência, sem medo de coordenações de grandes projetos e fortes participações. Basta seguir o exemplo do projeto apresentado nesta Newsletter, o maior projeto com participação nacional de todo o 7ºPQ que foi assinado mesmo nos últimos dias de 2013, com a muito significativa participação de uma empresa inovadora nacional e de uma entidade oficial (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) com um produto que todos os que viajam pelo Mundo bem conhecem: as máquinas que leem os passaportes nas fronteiras.
Contem com o GPPQ da FCT para o apoio na preparação das vossas propostas. É nos pormenores que uma boa proposta passa de boa a excelente e é precisamente nos pormenores que os NCPs do GPPQ podem ajudar. Não deixem de os contactar.
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