O Clean Sky é uma Iniciativa Tecnológica Conjunta (JTI), instituída em 2007 no âmbito do 7º Programa Quadro (FP7), que resultou de uma parceria público-privada (PPP) entre a Comissão Europeia (COM) e um consórcio da indústria aeronáutica Europeia com 12 membros (50% de contribuição in cash da COM e 50% de contribuição in kind da indústria aeronáutica europeia). Dos 800 M€ de financiamento europeu no FP7, apenas 200 M€ foram distribuidos em 16 calls, abertas a todos os interessados, com a participação de mais de 450 parceiros a nível europeu. Foram contabilizadas 24 participações de 15 entidades nacionais em 16 projetos, com um valor global de 2,14 M€ para investigação aeronaútica em Portugal. A maioria do financiamento europeu (600 M€) foi, contudo, para os 12 membros do consórcio das grandes empresas europeias que lideraram este programa.
No H2020, a JTI Clean Sky será a PPP de maior orçamento (1.755 M€, cash, do lado da Comissão Europeia e mais de 2.000M€ in kind dos agora 16 membros do consórcio fundador alargado, cada um dos quais tem de fazer um compromisso mínimo de 50 M€ durante 7 anos, sendo-lhes em contrapartida reservados mais de 700 M€ do financiamento europeu). Por outro lado, serão lançadas, entre 2014 e 2016, Calls for Core Partners (CPP) para um número ainda indeterminado de parceiros preferenciais (Core Partners) no consórcio (entre 50 e 70), em função das suas áreas tecnológicas. Cada Core Partner deverá investir um mínimo de 5 M€ in kind, e estão reservados para estes parceiros (ou consórcios) 30% do financiamento global disponível (mais de 500 M€). Um montante igual será colocado a concurso aberto a qualquer outra entidade interessada (Grandes empresas, PMEs e Centros de investigação) a nível europeu entre 2015 e 2020, estimando-se que nelas participem mais de 500 entidades.
Importa portanto capitalizar nestas oportunidades, seja como “Core-Partner” (para o que as entidades terão de ter uma visão ambiciosa de investir, in kind, pelo menos 5 M€ até 2020, recebendo igual financiamento europeu, in cash), seja nos concursos abertos em temáticas muito específicas e aplicadas que venham a constituir o Programa de Trabalhos do Clean Sky.
As entidades, consórcios ou clusters interessados numa candidatura a Core Partner do Clean Sky podem desde já participar na definição de atividades e contribuir para o roadmap. Para tal, deverão preencher e enviar uma declaração de intenções até final de Maio de 2014, indicando o âmbito de trabalho que pretendem desenvolver no Clean Sky durante o H2020 e tendo por base o Clean Sky Proposed Technical Programme (PTP).
Se desenvolve trabalho de ID no setor aeronaútico, o Clean Sky será portanto uma excelente oportunidade para financiar o desenvolvimento de vários dos seus projetos. Siga o exemplo de um caso de sucesso apresentado nesta Newsletter, uma entidade portuguesa que conseguiu uma sequência de 3 coordenações no Clean Sky do 7º Programa-Quadro. Não deixe de participar neste programa e, na dúvida, contacte o GPPQ. Estamos cá para apoiá-lo. |