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NEWSLETTER nº 67 - Setembro 2014

As propostas ao SME Intrument superaram as expetativas da Comissão Europeia (COM): foram submetidas 2666 propostas, destacando-se como temas mais populares o ICT (885 propostas), Energia (372), nanotecnologias (305), e eco inovação (241). As PMEs de Itália submeteram 436 propostas, de Espanha, 420, do Reino Unido, 232, da Alemanha, 188, e de Portugal, 70, um número que, em comparação, até foi bastante bom. A maioria das PME submeteram propostas individuais e a maior parte dos consórcios foi constituída por, no máximo, 2 PME.

Mas, em termos de aprovações… os números são muito diferentes:
Das 2666 propostas submetidas, só 317 (12%) atingiram a qualidade mínima para serem financiadas e, destas, apenas há fundos disponíveis para 155. A Espanha (39) e a Itália (20) são os países com mais propostas aprovadas para financiamento (9% e 5% das propostas submetidas, respetivamente). Portugal… teve UMA proposta aprovada (pela média de taxa de aprovação europeia, deveríamos ter tido 3 a 4…!) Apresentamos nesta Newsletter, para inspiração, o essencial desta proposta portuguesa vencedora neste primeiro concurso SME Instrument.

Impõe-se identificar as razões para o insucesso das propostas das PMEs portuguesas. E, para isso, é necessário ir à essência do que a Comissão pretende financiar no SME Instrument: projetos de PMEs consolidadas que tenham uma ideia de negócio muito próxima do mercado que, com um pequeno apoio, possa resultar em aumento das vendas e postos de trabalho a nível europeu e/ou potencial exportador.

As mais de 2300 propostas não aprovadas (incluindo as 69 portuguesas) falharam, sobretudo, por:

  • Proporem ideias ainda demasiado longe do mercado (exigindo ainda demasiada investigação e desenvolvimento);
  • Proporem ideias que não acrescentam muito ao estado da arte – já existem outras soluções equivalentes no mercado;
  • Descreverem bem o projeto mas não defenderem bem a oportunidade de negócio (por exemplo, não descreverem bem quais são os principais produtos concorrentes – análise de mercado) ou, no limite, até nem abordarem sequer a fase de comercialização;
  • Não convencerem os avaliadores de que são a empresa com mais potencial para desenvolver os projetos apresentados face à concorrência existente (outras empresas que estejam no mesmo mercado).

Muito poucas (contam-se pelos dedos de uma mão…) das propostas apresentadas pelas PMEs nacionais contactaram o GPPQ. Não sabemos a que tipo de apoio recorreram para preparar as propostas, ou se o fizeram com meios próprios, mas, claramente, têm que ter apoio de melhor qualidade. O GPPQ está, como sempre esteve, disponível para dar todo o apoio, exceto escrever as propostas, com salvaguarda total da confidencialidade das ideias de negócio. Facilmente poderemos fazer uma pré-avaliação das ideias à luz dos critérios que a Comissão usa. Pequenos detalhes podem fazer toda a diferença entre o sucesso e a não aprovação de uma proposta e é muito fácil para NCP experientes identificar as falhas atrás apontadas. Iremos desenvolver, nos próximos meses, uma nova campanha de informação em colaboração com entidades que trabalham muito próximas das empresas.

As PME devem também ter presente que o SME instrument não é a única oportunidade para participar no H2020. O H2020 dispõe de 3 grandes tipos de oportunidades de participação para as PME: (i) Os projetos de I&I em colaboração, (ações de investigação e inovação e ações de inovação) em que as PME integram consórcios que promovem ideias muito perto do mercado (como utilizadoras do conhecimento gerado) mas ainda a necessitarem de investigação (a primeira das causas de rejeição de candidaturas ao SME Instrument acima apontadas); (ii) As ações de intercâmbio e mobilidade de pessoal, financiadas no âmbito das Ações Marie Curie, com o objetivo de melhorar a transferência conhecimento e de tecnologia entre o meio académico e empresarial; e (iii) Os projetos específicos do SME Instrument de que lhe falamos no início desta newsletter, bem como outros semelhantes (por exemplo, o Fast Track to Innovation).

Percebemos pelo elevado número de submissões que as PME portuguesas estão atentas a este tipo de concursos e temos a certeza de que haverá muito mais PME nacionais com o potencial certo para beneficiar do Horizonte 2020. Percebemos também que o que escapou a quem submeteu estas propostas e não teve sucesso, ou a quem apoiou as empresas na submissão das candidaturas, foi talvez um conhecimento mais detalhado do Programa Quadro e do instrumento de financiamento específico em causa. Mas há oportunidades para concorrer ao SME Instrument de 3 em 3 meses! Uma proposta sem sucesso em Julho poderá provavelmente transformar-se numa boa proposta com pequenos ajustes até ao fim de 2014….

Conte com o GPPQ para acompanhá-lo no processo: O GPPQ estará perto de si em Setembro e Outubro! Percorreremos o país com sessões de informação sobre os vários temas dos concursos de 2015 do H2020 incluindo largamente os temas dedicados às PME. Inscreva-se nas sessões e aproveite a oportunidade também para marcar conversas bilaterais com os NCP. Ou contacte-nos diretamente sem esperar por nenhuma sessão!

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