As ERA-Chairs destinam-se a dotar as instituições com fundos estruturantes para recrutamento, formação avançada de recursos humanos e networking que permitam a dinamização de um projeto de base científica, de interesse regional, nacional e internacional, no âmbito da implementação de linhas estratégicas de desenvolvimento sustentado, obrigatoriamente alinhadas com a estratégia nacional ou regional de especialização inteligente, com vista a maior integração internacional e uma consequente maior capacidade de participação nos fundos europeus competitivos. Só podem candidatar-se a este instrumento instituições potencialmente excelentes dos países elegíveis - o Novos Estados Membros da UE (EU-13), Luxemburgo, Portugal e todos os Países Associados ao H2020, exceto Noruega, Suíça e Israel,.
As ERA Chairs permitem, por via do recrutamento por concurso internacional de um Chair com CV científico de relevo e com experiência em gestão institucional e, já sob a sua direção, contrata recursos humanos de alta qualidade para implementar as mudanças estruturais necessárias para que a instituição ou grupo de investigação atinja, de forma sustentável, um patamar de excelência mais elevado.
Tal como em todos os instrumentos do programa Widening (Teaming, Twinning e Era-Chairs), o desempenho nacional nas ERA-Chairs tem sido excelente, fruto de muito trabalho e reflexão por parte das instituições candidatas (Portugal teve o melhor desempenho entre todos os países elegíveis em todos os concursos do programa Widening em 2014 e 2015). No primeiro concurso ERA-Chair Pilot (ainda no FP7, em 2013), então aberto a todos os países da UE mas destinado a regiões de convergência, e que restringia a possibilidade de financiamento de projetos a apenas um por país, um dos projetos financiados, Leapfrog, é sediado no M-ITI, da Região Autónoma da Madeira. Já no primeiro concurso das ERA-Chairs do H2020, em 2015, as equipas portuguesas conseguiram o maior número de aprovações num só país, com 4 projetos entre os 13 financiados a nível europeu (mostramos-lhe um deles nesta newsletter, o FoReCaST). Portugal é o único país com 5 ERA-Chairs em funcionamento*.
O próximo concurso ERA-Chairs tem data de abertura prevista para 12 de Abril de 2017 e fechará a 5 de Outubro. Tem um orçamento previsto de 30M€, ou seja, prevê-se a aprovação de mais 12 ERA-Chairs. Depois deste concurso, haverá, no máximo, apenas mais um concurso deste tema até ao final do H2020, provavelmente em 2019, mas com um orçamento bastante mais reduzido.
O tempo já não é muito. As instituições interessadas em estabelecer uma ERA-Chair deverão fundamentar a sua estratégia numa análise SWOT que garanta a coerência da proposta e uma boa integração institucional do Chair Holder (com eventuais alterações estruturais). A reflexão da SWOT deverá ainda indicar caminhos para assegurar que são integralmente garantidas as prioridades do Espaço Europeu da Investigação, nomeadamente o alinhamento com a Carta dos Investigadores e o Código de Conduta para a contratação de investigadores, (inc. avaliação peer-reviewed), igualdade de género das equipas de investigação, ética, investigação e inovação responsáveis, integridade científica e acesso aberto, entre outros.
Comece já a preparar a sua proposta! Como em todos os concursos altamente competitivos, todos os detalhes são importantes. Não descure nada! Aproveite o Infoday em Bruxelas no dia 2 de Fevereiro e, claro, conte com o GPPQ para ajudar, nomeadamente para rever os aspetos mais formais, mas essenciais, referidos no parágrafo anterior!
* EnvMetaGen, (CIBIO, ICETA); ERAatUC (IBILI, Universidade de Coimbra); Leapfrog (M-ITI, Universidade da Madeira); EXCELLtoINNOV (IMM, Universidade de Lisboa) e; FoReCast (3Bs, Universidade do Minho)
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